Frente ao verso que me desempara
construo na mente infinitas soluções,
choro à tarde uma angustiante e rara
melancolia, muro das minhas desilusões!
Esta bandeira que ostenta bravuras
dum vermelho sangue carregado pelo verde
esperança de tantos corações
abandonados pelo tempo, pelas loucuras
dos teus nobres e valentes varões.
Ó Portugal que não me escolheu,
Ó Portugal do grande amor meu
Ó Portugal que tão mal me acolheu
Abençoa teus filhos, tua carne e canção
perdoa os sarilhos dos teus governantes
palco vergonhoso, palhaços em apogeu!
Beija a fase do teus tantos amantes,
mesmo os que não são sangue teu
adota com carinho mais um coração
e escreve na minha história
a bravura e o acolhimento materno
que fez fama grande noutrora
Ó Portugal que vive longo inverno,
acorda! Abre teus olhos brilhantes
volta ao que eras antes
faz feliz mais uma vez, de novo!
O teu querido e amado povo!
Daniele Dallavecchia, 26092013