Assim sou,
como santo que peca,
e se lava nas próprias lágrimas,
inocente martírio,
calvário infantil,
olhos que ardem
(à luz do amor)
via muda e cega
duma alma incerta,
cortina de letras
analfabetas de paixão...
Sou feito rude chão
sustentando a casa
esquecida dos meus sonhos...
Sou o amor naufragado
em desencantos,
perdido no desejo
de cantar a música
infalível dos deuses:
senhores dum cortejo
de ninfas...
Mas eu,
eu...
apenas sou o querer
que ainda não aprendeu
e se expressar.
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Bj