Quisera eleger o dia
hora,minuto,segundo e milissegundo
com infalível exactidão
da gravata preta
na qual ninguém concluirá o nó …
sobre a camisa branca
interior do terno
da mais anónima festividade
descansar em cama de sal
lençóis espraiados
no infinito de toda a erva daninha
abraçar os fractais agitados
do fogo qual dança de rua
que acalentará meu corpo
enquanto no objecto que o sustenta
(escorrendo em lágrimas de cera quente…
quase …)
a cortina vermelha
desce ...
e …
o que fora quente,
mais do que imolação
finalmente abarca o inverso:
-gélido
no espaço-tempo do corpo
verdadeiro
porém…
vencem os guerreiros de contra(-o-)tempo
campeões da vida
falsa…
Luíz Sommerville Junior, 160920141438
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