Havia
um poeta
que ñão era
poeta
era a sombra
da sua caneta
pena
tinta nanquim
manchando o papel , a preto !
golpeando a carne , das árvores !
com seus devaneios , existenciais !
rios caligráficos , das feridas !
inseridas nas páginas , cadernos !
aflitos por uma suturação , poética !
mas ...
o poeta
que não era
poeta
escrevia para matar , a morte !
acendia estrelas no fundo , do mar !
apagava águas no cume , da luz !
depois ...
depois queimava , a lágrima !
com a emoção , peregrina !
e saía , para a rua ...
com a alma gelada , de nua !
por fim ...
deitava-se sobre o jardim , curvado !
prestes a cair , em cima !
do outro lado do mundo ...
Luíz Sommerville Junior , 160920100217
Querida amiga
Querido amigo
Diante de tão belas palavras,
e vendo o mundo
com o olhar da poesia,
só resta ler
e reler tão belo poema...
Que todos os dias
os sonhos nasçam em ti,
como nasce o sol pela manhã...