Acordei
com um aguaceiro
ao alto do topo avermelhado , beiral !
finos fios d´água
cabelos cristalinos das nuvens
molham com pão azul, diamante !
o haver visão , quente !
sobre a recta do ângulo , horizonte !
o fogo brando adormecendo na travesseira , do caminho
incendiando o despertar do lado que não deseja acordar
afivelando o ir ao vir , virando o rumo !
puxando ...
o singelo barco para o porto
onde o ondular do quero partir
para chegar e ser maré
corre atrás dum côro de peixes
cardume de vozes , ensaio final !
daqui a pouco, a chuva no baile de debutante
da primeira noite , da primeira virgem
cederá o lugar , ao primeiro nascimento
que será o segundo e o terceiro
todos juntos , unidos
no telhado da primeira palavra ,
estendal duma mão cheia de esperança
e outra mão plena d´alegria
entoando ...
uma trovoada de verbos erguidos
Sim, acordei
com um aguaceiro pincelando gaivotas na âncora
sim , chove para cima !
À Dani
Luiz Sommerville Junior, Set 2010 in Luso Poemas e Távola De Estrelas
com um aguaceiro
ao alto do topo avermelhado , beiral !
finos fios d´água
cabelos cristalinos das nuvens
molham com pão azul, diamante !
o haver visão , quente !
sobre a recta do ângulo , horizonte !
o fogo brando adormecendo na travesseira , do caminho
incendiando o despertar do lado que não deseja acordar
afivelando o ir ao vir , virando o rumo !
puxando ...
o singelo barco para o porto
onde o ondular do quero partir
para chegar e ser maré
corre atrás dum côro de peixes
cardume de vozes , ensaio final !
daqui a pouco, a chuva no baile de debutante
da primeira noite , da primeira virgem
cederá o lugar , ao primeiro nascimento
que será o segundo e o terceiro
todos juntos , unidos
no telhado da primeira palavra ,
estendal duma mão cheia de esperança
e outra mão plena d´alegria
entoando ...
uma trovoada de verbos erguidos
Sim, acordei
com um aguaceiro pincelando gaivotas na âncora
sim , chove para cima !
À Dani
Luiz Sommerville Junior, Set 2010 in Luso Poemas e Távola De Estrelas
Talvez eu seja apenas a mulher dum homem que contempla de perto o gênio do poeta que és e, admirada, sem fôlego e com certo palpitar desordenado no peito, contemplo esta tela, este local que escolheste para fazer teu livro, para deixar tua obra-prima. Ah, meu amor, como é vasta a tua imaginação, os teus poemas, o teu trabalho. Tenho duas pastas lotadas de folhas escritas pela tua mão devoradora de palavras, amante de versos, coleccionador de poesias. Não, não sei de onde vem a tua mestria, mas sei que as estrelas piscam mais felizes quando um poema nasce da tua mente.
Obrigada por ser o meu mestre, meu marido, meu poeta.
Te amo!