O que me aperta mesmo o nó da alma,
não é a ausência do homem,
não é disso que sinto falta,
mas de não receber todo dia
o encanto das cartas
em forma de poesia.
A palavra que fascina,
que faz melodia,
colorindo meu mundo
que era preto e branco.
Não ver mais aquelas letras
se desdobrando
em lindas pétalas de flores
que atapetavam meus caminhos...
Foi tão triste o fim...
Me faz morrer aos pouquinhos...
Eu respirava os versos doces,
amargos, saltitantes
ou enfeitados de sonhos
tão bons de se sonhar...
Mas que, sabiam por si só,
não podiam se realizar...
Ah, como era bom amar o poeta,
como era bom dormir abraçada
às tantas cartas de amor
que enfeitavam os lençóis,
que me acolhiam no sono do romance...
O mais lindo amor que tive...
Me ensinou a voar,
a tocar e acender estrelas no céu.
Me ensinou que a vida pode ser linda
se você dançar com as rimas,
brincar com os versos,
beijar as letrinhas que piscam...
Ah, como meu coração foi feliz,
meu coração sem seta,
no dia em que encontrou-se
com o grande poeta!
Dani,
viver de sonhos é bom
mas viver com o amor de carne e osso não tem explicação esse sentimento...
Gostei muito das tuas palavras, por vezes só temos as palavras que nos dão comforto....
Obrigada por partilhares,
T!na