A lágrima insiste em guardar esta dor,
condensada, parada entre as pálpebras,
nesta vida de labirintos e desamor,
engasga a boca em mudas palavras...
Quero voar livre, perder-me pelo espaço,
ser quem sou, sem medida nem segredo,
cair de vez, sem pára-quedas, no teu abraço
salvar-me da solidão, te encontrar sem medo.
O instrumento que me toca está desafinado,
busco desesperada uma nova saída,
mas este som dispara tão abafado...
sem harmonia, numa vibração tão
Mas nada posso neste instante desarticulado,
a canção perdeu seu rumo, a banda se desfez,
as notas voam, procuram novo significado,
e no fim, encontram-me só, delirando outra vez.
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Bj