Pomba branca, que partiste para não mais voltar...
Diz-me pomba querida:
se eu te dei toda a minha vida
por que não me quiseste amar?
Pomba branca, por que procuras o sol do outro lado do mar?
se aqui tão pertinho de mim
as rosas do meu belo jardim
levam a vida por ti a chorar
Pomba branca, tuas asas, longe , longe vão
que procuras tu? Novos rumos? Novos ventos?
Enquanto de profundos lamentos
está morrendo meu coração
Pomba branca, ergueste tuas asas sedentas de paixão
num triste adeus
e meus sonhos
como folhas no outono, suavemente beijamos o chão
Encontro
uma pomba branca quase morta no chão
és tu pomba querida,
a quem eu dei toda minha vida
que pedes a minha mão?
Luiz Sommerville Junior, Inverno de 1976
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Bj