Acordo e adormeço
impregnado do mais sôfrego não descansar
ó triste fado, por que falta o samba
e a bossa-nova para que possamos acreditar?
uni as mãos de “Disse-te Adeus e Morri”
às da “Manhã de Carnaval” ...
máscaras risonhas dissimulando negras cinzas
corpos mutilados em filas de espera-um-pouco
alinhados de perfil para a frente
almas rasgadas por transgressões legais
ao desmando arrogante e sobranceiro
dos que legalizam os crimes
e penalizam a legalidade
deste ou do outro lado
que é feição-espelho-simetria dos corações
em barricadas de gabinetes
com secretárias de cerejeira
morrem os nomes ...
(mas não morre o caminho...)
Luíz Sommerville Junior
* Inicialmente este poema chamava-se "É Pau , É Pedra" em alusão à canção Águas de Março de Elis Regina , reeditei-o hoje 040320142204 mudando o título e também o poema.
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Bj