Era uma vez
o gato das botas...
com um bigode na bicicleta
e um laboratório onde inventava
os robôs que os pais não sabiam
e tinha na cabeça
um avião e uma avioneta
p´ra viajar numa terra onde as asas
chegam depressa
Dizia o amigo coelho
(que por acaso era poeta)
- O meu céu é de cenoura
e o meu mar é de couve ,
quem comigo dorme
tem sonhos côr de horta
voa na cama do vento
e anda aos pulos
nos campos de trigo
e sabe como é bom ter um amigo
Um dia
- há sempre um dia -
mandaram o gato num foguetão
e o coelho num submarino
Um menino bonito
chorou e gritou:
- Quero o meu gato, quero o meu coelho ,
se soubessem como eu adoro o meu cão ! ...
Mas, não, não sabem...
Os grandes não sabem nada... são uns chatos...
se soubessem tinham reparado
como a terra retorceu o bigode
e a bicicleta do gato ficou sem botas
Jouelam , 1995 - O Tecido das Flores -
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Bj