Com adaga de leis
do amor que não tens
em golpe arco d´ogiva alongada
roubaste todos os sonhos...
e como sonhar a vida
que de trigo é carecida?
Sinto as tuas pisadas
mas não és tu
é a estátua da avenida
que do alto me observa, congelada !
irmã deste chão em que(não)durmo
leito frio em forma de calçada ...
Cinco horas da madrugada
o cheiro a pão quentinho
- grita a fome no meu corpo , silenciada !
felizes são as pombas
porque têm quem lhes dê de comer
por mais que elas voem para outra morada
há sempre alguém que lhes siga a asa
afagada ....
(a voz que fala é a voz que dorme?)
Luiz Sommerville Junior, 030720110222
Lençóis de Pedra,
céu de estrelas,
solidão como amiga,
tristeza como companheira...
A fome faz canção
percussão do vazio
que habita o fundo do ser,
que vida quer
sem podê-la ter...
Meu amor, teu poema fala de forma muito profunda, sensível e bela sobre um problema que nos aflige a alma, distorce a paisagem, mas infelizmente tornou-se comum nas ruas da cidade. A sociedade acostumou-se com a desgraça nas esquinas...E quem está no poder, dorme confortavelmente em seus lençõis de setim...
Parabéns, meu amor!
beijo, te amo! Tua Danjor
*Sempre DS*SD erpmeS*
resposta in WAF