A noite desce encobrindo a rua
atormentando viúvas, sem dó
e em cada rosto molhado de tristeza
há um ser que não sabe como ser só.
Trafego pela rua solitária e sombria,
talvez pereça naquela esquina
suspirando toda nostalgia
de cada rosto triste, em agonia!
Os cães ladram sua canção noturna
e uma lágrima me corrói o sossego,
é demasiado o desespero
que pesa o dia e carrega a noite,
em cada olhar um ai de saudade
pelo que se foi e pelo que não há mais de vir,
quanto mal há em todo esse desterro!
Uma data, um rosto, um nome, uma palavra
dita, não dita, mal dita
sempre há injustiça no não saber
do momento finito, derradeiro
em que o adeus chega como um tapa
vento forte, implacável... e tão traiçoeiro.
Daniele Dallavecchia
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Bj