em todas as madrugadas, companheiros,
há um sol que morre estampado numa nota
sem valor
e para que a luz volte a definir o dia
do que não mais regressará
é necessário que o medo,
também possa vender-se
por uma qualquer moeda
desvalorizada
e a coragem,ou a loucura de combater sem pensar,
se aposse de todos os valores
velhos ou novos
carregados de rugas que sejam o festim dos anos
carregados de recém nascidos que sejam o alvorecer
duma nova casa ....
delírio-sinónimo das estrelas que eu não sei pintar
em todos os crespúsculos
há uma lua sem fundamento
que voa sem rede que a possa amparar
que já devia ter morrido...
em verdade, companheiros,
como pode a lua surgir no céu
quando o sol de vendido
é apenas uma cega recordação?...
Luíz Sommerville Junior, 240320130601
Tentei deixar um comentário em versos em apatia, mas cai nessa postagem...
Porém digo - "até a apatia nos é inspiradora, prova disso são os belos versos que compôs..."
Abraços, Danielle
Sim, meu amor, é surreal porque mudam-se os tempos, mas não os atos. A roda deste destino parece girar, girar e parar no mesmo lugar. É triste ver o que se passou e o que se passa agora (mas creio que agora ainda seja pior). És mesmo grande na escrita e eu adoro ler tudo o que tu me ensinas. Obrigada.
beijo, te amo!