Saúdo a roda que me movimenta
em demasiados acordes d´ igrejas
de multidões em murmúrios obedientes
com suas túnicas brancas, seus terços
adornando o livro - contra o peito
até onde vai a devoção
desse mar de corações
que caminha com o olhar raiado de vitrais
até aos templos onde os joelhos viajam pelo chão?
seus pensamentos tocando o céu
e seu marchar acariciando o tempo
sobrevivendo a todas as viagens que naufragaram
na curva da História onde a seda de tantos noivados
manchou de vermelho a boda dos povos - sangrando ...
e beijam ... beijam as chagas que salvam os cânticos
porém ...
o altar imponente impôe um silêncio cúmplice
aos crentes que querem ouvir o rumor da nave
mergulhada no bailado do mundo
e mesmo que não tenham casa
e mesmo que não tenham água e pão
sonham ... porque para todos há um lugar no céu ...
cantam ... porque as canções aliviam a dor
e se por um lado, é o Menino que move a fé
por outro lado, é o Homem que a fé move
a razão das bocas que enunciam o credo
Ele, podia ser filho de qualquer um,
Ele, podia ser pai de qualquer filho
o homem, sempre o homem,
como motivo duma guerra de flores
sobe Seu calvário por entre gritos dos que O amam
sobe Seu calvário por entre o chicote dos impérios
até ao ponto onde morrem todos os sorrisos
que a ninguém fazem o favor de esperar
por entre as risadas d´ ironia mal encenada
carregando a cruz
à beira do abismo ...
afirma interrogando o Pai
que no Seu dizer O abandonou
homens , apenas homens a comandar
o destino dum planeta mais pequeno
do que a ambição dos reis que o governam
contudo ...
Maria ...
e
Madalena ...
duas mulheres que simbolizam a razão de ser
de todos os seres humanos
acreditam
que é dos seus ventres que nasce o sol
por ora, agonia do fim,
elas mantêm intacta a esperança
que o Mártir do seu amor sobrevirá às estátuas ...
Luíz Sommerville , 280320130449
Desejamos a todos uma Páscoa muito feliz
em demasiados acordes d´ igrejas
de multidões em murmúrios obedientes
com suas túnicas brancas, seus terços
adornando o livro - contra o peito
até onde vai a devoção
desse mar de corações
que caminha com o olhar raiado de vitrais
até aos templos onde os joelhos viajam pelo chão?
seus pensamentos tocando o céu
e seu marchar acariciando o tempo
sobrevivendo a todas as viagens que naufragaram
na curva da História onde a seda de tantos noivados
manchou de vermelho a boda dos povos - sangrando ...
e beijam ... beijam as chagas que salvam os cânticos
porém ...
o altar imponente impôe um silêncio cúmplice
aos crentes que querem ouvir o rumor da nave
mergulhada no bailado do mundo
e mesmo que não tenham casa
e mesmo que não tenham água e pão
sonham ... porque para todos há um lugar no céu ...
cantam ... porque as canções aliviam a dor
e se por um lado, é o Menino que move a fé
por outro lado, é o Homem que a fé move
a razão das bocas que enunciam o credo
Ele, podia ser filho de qualquer um,
Ele, podia ser pai de qualquer filho
o homem, sempre o homem,
como motivo duma guerra de flores
sobe Seu calvário por entre gritos dos que O amam
sobe Seu calvário por entre o chicote dos impérios
até ao ponto onde morrem todos os sorrisos
que a ninguém fazem o favor de esperar
por entre as risadas d´ ironia mal encenada
carregando a cruz
à beira do abismo ...
afirma interrogando o Pai
que no Seu dizer O abandonou
homens , apenas homens a comandar
o destino dum planeta mais pequeno
do que a ambição dos reis que o governam
contudo ...
Maria ...
e
Madalena ...
duas mulheres que simbolizam a razão de ser
de todos os seres humanos
acreditam
que é dos seus ventres que nasce o sol
por ora, agonia do fim,
elas mantêm intacta a esperança
que o Mártir do seu amor sobrevirá às estátuas ...
Luíz Sommerville , 280320130449
Desejamos a todos uma Páscoa muito feliz
Querido, este texto é duma beleza, duma força, duma fé e amor em Jesus, impressionantes. Sim, Ele foi o cordeiro que Deus sacrificou para livrar-nos de todos os pecados. Na Pásco, Jesus, que podia ir montado num leão, foi num burrico, mostrando Sua simplicidade, mas o livro sagrado à qual muitos adornam e adoram, não os dá a compreenssão suficiente do que representa a páscoa, além dos ovos de chocolates tão famosos e queridos. É o esquecimento do sagrado, da dor de Um por todos nós, pecadores desde o nascimento. Me emocionei muito com o teu texto, porque remete o livro da vida de um homem - o Santo! Parabéns, meu amor, por esta obra de arte.
beijo, te amo muito! Parabéns!