Tombo ante nosso combate
Diante da saudade daquilo que sei
E também do que não provei.
És um só, mas te sabe tantos.
Poeta, marido, arauto,
louco, depravado, escravoe isto te faz três vezes santo...
e quanto escândalo abafado
neste nosso quarto apertado
de paredes que tudo querem saber
onde a tua respiração umedece
minha mais escondida flor nua
e como um português desbravador
apertas minhas terras mais ao sul
com a tua insana fome de invasor
me faz todos os atos, gato e sapato!
mas no final... no nosso entrave carnal
dou-te meu golpe fatal:
teu corpo num aperto oriental
e jorras para mim todo teu ouro.
Adormecendo no meu peito
Como o mais puro índio juvenil...
Daniele Dallaveccchia, 11.03.2013
Ao Jo
Amada, minha linda mulher:
Como agradecer-te mais este poema soberbo,oh, querida e abençoada poetisa?
procurando um violino
encontrei a cruz
mais abaixo
no altar da igreja
a flor
perfumava a luz
que ondulava entre os castiçais
música profana
apoderando-se do templo
atando o tenor
preso ao transpirar
quase silencioso
do versículo
que não se deve orar
respeita-se a mensagem
fechando-a até à exaustão
enaltece-se a palavra
movimentando o verbo
calando as profecias
jurando ao trono
em cerimónia privada
total submissão
e assim ...
da cruz em flor
júbilo de Salomão
se faz o hino do coração
haverá sermão mais belo
do que o som dos corpos
afinado pelo cintilar das estrelas ?
Teu Jo
Nenem, adoro-te loucamente! Beijo
oh... só para que conste .... "afinado pelo cintilar das estrelas" LSJ, 140320130739
teu Jo